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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Pará recebe evento nacional sobre aleitamento materno

Belém recebe a 3ª edição de “A Hora do Mamaço”, no dia 3 de agosto, às 9h, na Praça da República. “A Hora do Mamaço” é um evento anual e oficial da Comunidade Aleitamento Materno Solidário (AMS Brasil), organizado por Simone de Carvalho, pedagoga e fundadora da AMS. O objetivo deste evento é promover uma mobilização onde mães se reunirão para amamentarem seus bebês em comemoração à Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM). A capital paraense fugiu à regra do evento nacional, que realiza a atividade no dia 2 (sábado), pois, a organização levou em consideração a tradição local de frequentar as praças aos domingos.
Simone conta o que a levou a criar o movimento, “a ideia surgiu há 3 anos, após o episódio de uma mãe ser impedida de amamentar no Itaú Cultural em São Paulo. Diante da repercussão e adesão da mídia ao assunto, resolvemos tornar o evento oficial e anual para que  este tema tão importante e fundamental para a saúde da nossa sociedade possa ser debatido continuamente”, explica.
Durante a programação, serão feitas fotos em selfie das mães amamentando para a criação de "memes" que serão "viralizados" nas redes sociais. As fotos de cada cidade receberão um tratamento especial com a logo do evento e uma frase de impacto, “nossa intenção é que estas fotos e as frases de impacto virem uma febre de compartilhamento e, com elas, consigamos conscientizar toda a sociedade da importância do aleitamento materno, exclusivo para mãe e bebê”, afirma Simone.
Desde 2011, 45 cidades e alguns países já participaram, aproximadamente 200 fotos foram compiladas em um vídeo que já ultrapassou as 25 mil visualizações. Este ano a Região Norte entrou para a estatística das participações, pois, receberá o evento em Altamira e Belém, no Pará e em Manaus, no Amazonas.
Parcerias
O evento é realizado nas cidades, conforme a disponibilidade das parcerias. Em Belém, Marina Guerrero, ativista do Parto Humanizado e integrante do grupo de apoio “Ishtar - Espaço para Gestantes”, é a representante oficial.

Marina diz que se prontificou em promover o evento em Belém, quando viu a organização país a fora, a movimentação em Belém começou via Facebook, “creio que faltam incentivos e iniciativas em promover estas reuniões calorosas e de troca de experiências sobre o aleitamento materno, que por sua vez, parece uma tarefa fácil, apenas de nutrição, quando na verdade vai muito mais além. É uma tarefa regada a paciência, persistência e, claro, troca de emoções inigualáveis entre mãe e filho. A maioria dos processos que envolvem a gestação, nascimento e amamentação são cercados de mitos e estas rodas de conversa, grupos de apoio como e encontros deste tipo promovem além do amor e formação de novas amizades, a desmistificação do senso comum que muitas das vezes vem coberto de incertezas e falta de embasamentos científicos que comprovem suas eficácias”, garante Marina.

 “A Hora do Mamaço” em Belém trará ao público o psicólogo do Instituto Rodaviva, Alexandre Coimbra Amaral, para esclarecer dúvidas e compartilhar com todos os participantes um pouco de seus conhecimentos sobre Apego desde a infância até a idade adulta, além de outros profissionais das áreas da saúde e educação que esclarecerão dúvidas sobre o aleitamento materno.

O movimento nacional também tem como objetivo conseguir a aprovação da lei que permite a amamentação em qualquer lugar, “nosso alvo é conseguir que o projeto "Lei de Proteção à Mãe que Amamenta: em qualquer hora em qualquer lugar" alcance a marca das 100 mil assinaturas para levarmos ao Congresso Nacional”, enfatiza Simone de Carvalho.  


Mais informações, acesse:

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Dilmar Cunha, um pai que quis ajudar a filha e estourou como escritor

 O escritor Dilmar Cunha deu início em sua carreira na 12ª edição da Feira do Livro, em 2008, ao lançar o seu primeiro livro “Aprendendo e brincando com a tabuada colorida”, “escrevi esse livro com o intuito de ensinar a minha filha”, conta o autor. 

 No mesmo ano, o livro ficou disponível para consulta na Biblioteca Nacional. Foram vendidos até hoje 72. 630 exemplares, principalmente para escolas e prefeituras, locais, nacionais e internacionais, chegando na Inglaterra, França, Alemanha, Argentina e Guianas. “A Feira é a vitrine do autor”, constata Dilmar, que já participou tanto como expositor, como também na coordenação dos Encontros Literários. 

 Em 2012 “Aprendendo e brincando com a tabuada colorida” foi o livro mais vendido da Feira. No ano seguinte Dilmar Cunha lançou o já esgotado “O Couro Comeu na Kama de Noka”, versão regional do célebre Kama Sutra e, segundo ele, três publicações estão “saindo do forno”: “Mulheres Marcadas”, que traz ao leitor os 20 assassinatos de mulheres que abalaram Belém; “O arco-íris em preto e branco”, destinado a um público infanto-juvenil, pois, conta a história de um jovem envolvido no mundo das drogas e “Rápia – a história de um guerreiro”, que envolve o imaginário amazônico. Este ano a Feira lança “Aprendendo e brincando com a tabuada colorida” na versão digital.

 Finalizei a entrevista pedindo o currículo de Dilmar, como deveria o identificar no texto, além de escritor, ele respondeu: “eu era representante comercial, e agora sou escritor, vivo exclusivamente da Literatura, com muito orgulho!”. Por mais carreiras autorais que dêem certo, por mais pais que tenham a vontade de ser criativos na hora de educar os filhos e acabam ajudando a sociedade inteira!
Foto: Tamara Saré

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Mostra reúne coleções de museus de Belém

 O Museu do Estado do Pará (MEP) recebe a exposição “Água Norte”, com 26 obras das unidades dos museus que compõe o Sistema Integrado de Museus (SIM). A mostra faz parte da programação da 12ª Semana Nacional de Museus, em Belém até o dia 18 de maio.

 A diretora do Sistema Integrado de Museus (SIM), Carmem Cal, explica que para o tema da 12ª Semana de Museus, “Museus: coleções criam conexões”, foi pensada uma única exposição, em Belém. “Ela mostrará a diversidade de todos os museus do SIM, com a proposta é dar ao público uma visão geral de nossos acervos”, ressalta.
  
 Com curadoria do artista plástico, Armando Queiroz e do diretor do Museu do Estado do Pará (MEP), Sérgio Melo, a exposição de acervo das unidades do SIM e de colecionadores foi especialmente organizada pelo corpo técnico dos museus e seus diretores para falar da Amazônia e seus rios em conexão. “Com esse apanhado de cada um dos museus trazemos a visão do homem na Amazônia e da sua relação com os rios”, explica Armando Queiroz. 

  A mostra persegue o desejo de ver o fora e o dentro, de dizer da Amazônia, dos rios, os quais, cada museu, por sua especificidade, resguarda uma parcela desta experiência em seus acervos, seja uma película de filme de cunho etnográfico, uma santa de feições caboclas, uma construção artística contemporânea ou uma cerâmica arqueológica. Todos estes elementos são ricos testemunhos da presença do homem aqui, nesta Amazônia de fora e dentro dos museus. Sérgio Melo afirma que a exposição “Água Norte” vai mostrar aos visitantes a visualidade que os artistas trazem sobre a água, em imagens como redes de pesca, por exemplo. A visitação segue até o dia 24 de maio.
 Foto: Divulgação

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aos fãs de FoToGrAfIA

As palestras que o II Prêmio Diário Contemporâneo ofereceu durante sua programação foram ótimas. Poder ver e ouvir os mais talentosos fotógrafos da nossa região comentando os trabalhos de outros profissionais também tão talentosos foi uma experiência muito construtiva para quem é amante da fotografia e áreas afins.

Todos os trabalhos são bem elaborados, às vezes, segundo alguns autores, não era nem a intenção de deixar o trabalho com o perfil que ganhou no final. Ah, mas isso deve ser charme de profissional mesmo!!!

Impossível crer, por exemplo, que a vídeo exposição “Do outro lado da rua”, de Luiz Braga, não tenha sido trabalhada nos mínimos detalhes para ganhar a perfeição que tem. O vídeo sem dúvida vai ao encontro da identidade paraense, ao vê-lo lembramos das nossas avós que participam ativamente das famosas “novenas de nossa senhora de Nazaré” semanas antes da tradicional festa paraense. Todos os detalhes do vídeo, desde os elementos que nos trazem a lembrança algo bem familiar até o barulho da destruição da casa nos emocionam por completo.

Por falar em emoção, Ricardo Macedo não poupou o público de algumas lágrimas ao expor “Deixe-me falar de meu pai”, um trabalho com que muitos puderam se identificar na medida em que trata-se da ausência de um pai em um longo período da sua vida, principalmente na infância. Um trabalho em que o fotógrafo depositou uma carga enorme de sentimentalismo, emocionando a quem vê as fotografias e ouve a história da vida dele.

Em cada exposição mostrada pelo o II Prêmio Diário Contemporâneo houve envolvimento do autor com a sua obra, proporcionando o belo resultado final. Ações como esta são de grande importância para o incentivo à cultura em Belém. As palestras e a exposição ao alcance de toda a população são uma oportunidade imperdível para quem está em busca de conhecimento, novas idéias ou até mesmo contatos com profissionais da fotografia e artes em geral.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Comunicação e jornalismo: casamento eterno ou divórcio imediato???

Essa discussão divide muitas opiniões, mas não há quem esteja em cima do muro. Ou é a favor ou é contra a separação dos cursos que hoje ainda estão incluídos no universo da comunicação.


Sou suspeita para falar especificamente do jornalismo, mas, sinceramente não vejo um bom jornalismo desvinculado da função de COMUNICAR, exercendo a “simples” função de passar informação ou apenas narrar o que está acontecendo em qualquer lugar, se bem que até mesmo esse simples ato já é uma forma de comunicação. Enfim, Jornalismo não existe sem uma boa comunicação. Ao mesmo tempo, comunicação não é “apenas” criar teorias ou estudar os grandes pensadores que compõe esse campo.


O poder simbólico de Bourdier, D. Wolton “pensando a comunicação”, Hohlfeldt com as teorias da mesma, e outros tantos teóricos tem importância fundamental nos avanços da pesquisa em comunicação, mas nem mesmo os frankfurtianos, criaram teorias que apontassem para infeliz separação entre a prática e a teoria que até hoje tentaram caminhar juntas.

Ai vem José Marques de Melo! (Mas tinha que ser um brasileiro?)
Querendo a separação da mãe comunicação dos seus filhos jornalismo, publicidade e propaganda e todos os outros filhinhos que provém dessa grande mãezona!!!

Não seria isso uma maldade meu “bom velhinho”? Não é de se negar a importância dele no campo da comunicação. Foi por seu incentivo que a pesquisa tomou um “corpo”, e mesmo que ainda esteja engatinhando aqui nas terras brasileiras, já possui um grande significado, com direito a prêmio hein?! Isso mesmo, porque não poderia deixar de mencionar aqui o prêmio que foi conquistado por um colega de Comunicação Social, habilitação em JORNALISMO, o aluno Phillippe Sendas , vencedor do prêmio, que por sinal, é uma homenagem ao próprio José Marques de Melo, no 8° Encontro Nacional de História da Mídia.

Ai está a prova definitiva que o estudioso da comunicação se equivocou: o vencedor do prêmio é um aluno de jornalismo, um bolsista de iniciação científica, porém, que não deixa de lado seus trabalhos em telejornalismo ou jornal impresso, por exemplo. Mesmo fazendo um trabalho científico, continua seus trabalhos técnicos.

Podemos perceber que desvincular a prática da teoria não é um bom negócio nem para pesquisadores, nem para jornalistas ou publicitários. É válido lembrar que nem todas as universidades brasileiras tem estrutura para manter um curso só de jornalismo ou um só de publicidade e propaganda. E caso isso aconteça, e provavelmente essa separação acontecerá mesmo, o mercado profissional é que perderá a sua qualidade, visto que se de um lado este formará grandes pesquisadores do campo da comunicação, do outro formará apenas “apertadores de botões”, técnicos que irão apenas obedecer às ordens de seus patrões.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Duas estrelas deixaram de brilhar entre nós para brilhar no céu!

A perda que os paraenses sofreram com as mortes de Alonso Rocha e Benedito Nunes, será amenizada com a lembrança dos que tiveram a oportunidade de conhecê-los através dos seus respectivos trabalhos.

De Alonso Rocha, eu guardo a lembrança da última Semana Cultural da Academia Paraense de Letras, da qual, o mesmo era o presidente.



O jeito simpático, divertido e muito irônico cativava a todos que puderam conviver com ele, mesmo por algumas horas. Lembro que ele me contou sobre um poema que fez para uma médica que lhe fez uma delicada cirurgia, ele falou com toda a modéstia que saiu do hospital sem pagar a conta devido ao poema e declamou-o para os que estavam presentes naquele momento, com todo o sentimento que um verdadeiro poeta tem! Ao falar sobre a brevidade da vida, declamou o seguinte poema:
Breve Tempo
© Soneto Alonso Rocha

Se me queres amar ama-me nesta hora
enquanto fruto dando-te a semente.
Se te apraz me louvar louva-me agora
quando do teu louvor vivo carente.

Aprende a te doar antes que a aurora
mude nas cores cinza do poente.
Se precisas chorar debruça e chora
hoje que o meu regaço é doce e quente.

A vida é breve dança sobre arame.
Sorve teu cálice antes que derrame
ninho vazio que o vento derrubou.

Porque quando eu cair num dia incerto
parado o coração o olhar deserto
nem mesmo eu saberei que já não sou

Ao final da nossa conversa, falando sobre a morte, o Príncipe dos Poetas disse: “Irônica é a morte, que nos enfeita de flores”. Benedito Nunes, foi um verdadeiro intérprete da Amazônia, um homem que nasceu e viveu para a busca incansável de conhecimento, ele foi filósofo, professor, crítico literário, e além de tudo isso, foi um bom homem, um cidadão que jamais sairá da memória dos que, assim como ele, são grandes estudiosos.

Na semana cultural que citei, ele foi mencionado várias vezes na palestra sobre Clarice Lispector, a qual, ao conhecer o filósofo encantou-se com seu grau de intelectualidade. Eles foram apresentados por Francisco Paulo Mendes no “Grupo do Café Central”, onde discutia-se política, filosofia e questões sociais.

Anos mais tarde Benedito Nunes publicou “O Drama da Linguagem”, ensaio que analisou o aspecto literário e filosófico de Clarice Lispector. O filósofo ouviu da escritora a seguinte frase: “Você não é um crítico, mas algo diferente, que não sei o que é.”


Melhor do que ouvir falar sobre Benedito Nunes, é ouvi-lo. Tive a honra de ter tal experiência em uma palestra ministrada pelo filósofo no 8° colóquio de fotografia e imagem, organizado pela Associação Fotoativa, que teve como tema “Filosofias da imagem: poéticas da caixa preta”. O filósofo falou sobre “Imagem e fenomenologia”, e sua palestra era uma das mais esperadas. Lembro-me que a cada autor que ele citava, ele pedia para o público aguardar por um momento e retirava da sua bolsa livros que ilustravam a sua fala. Quantas pessoas naquele momento desejaram tanto ter aquela bolsa!

Tantas pessoas que admiraram e não perderão tal admiração nem por Benedito Nunes, nem por Alonso Rocha, tantos tiveram a oportunidade de aprender com eles. Aprender não apenas sobre os seus trabalhos, mas com toda a lição de vida que cada um, ao seu modo, deixou eternamente em nossa memória!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Parabéns mãe!

“Todos nós temos uma alma; existem pessoas que sabem disso mais do que outras. Alguns têm uma alma tão poderosa que ela transcende ao próprio corpo e chega a tocar outras pessoas.”

Li essa frase em um livro sobre a história do jazz, um estilo musical que tem a sua história formada por histórias de grandes gênios que enfrentaram muitas barreiras para serem reconhecidos.

A senhora não faz parte do mundo do jazz, mas certamente, tem o mérito de se identificar com tal frase, pois, as pessoas que lhe conhecem sabem do grande poder que a sua alma possui.

O poder, que em suas palavras significa “dom” ou “missão”. A senhora veio ao mundo com uma missão muito bonita e especial; aposto que papai do céu seleciona com critérios rígidos as pessoas que nascem com esse dom!

O dom de ajudar, de se doar sem pedir em troca; o dom de ser mais que mãe; o dom de ser pai e mãe; o dom de ser pai, mãe e amiga, porque é isso que a senhora representa não só para mim, como para todos que sempre lhe procuram pedindo “aquela ajudinha”, é uma conversa daqui, um desabafo de lá e entre lágrimas e conselhos, as pessoas sempre encontram um refúgio na senhora! O dom de ser mulher, não apenas por ser do sexo feminino, mas por ser guerreira, ter pulso e enfrentar os obstáculos que a vida lhe impôs.

Eu poderia descrever aqui tudo o que a senhora representa para cada um dos que lhe rodeiam, mas, cabe a nós demonstrar tudo o que sentimos por esse ser iluminado, a qual, tivemos a honra de conhecer e conviver.
Mãe, eu agradeço a DEUS pelo “DOM” de sua vida em minha vida, que Ele lhe abençoe, lhe guarde com toda a sabedoria, paz e saúde.

Eu lhe amo!
Feliz aniversário!